segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Sobre Ingestão de Fibras na Gestação

Quantas vezes você já ouviu uma gestante queixar-se de intestino preso? Se ainda não ouviu, saiba que essa é uma situação muito comum entre elas?

Se você é gestante e está passando pela constipação intestinal (intestino preso), fique atenta às orientações.

A constipação intestinal é um quadro bastante frequente entre as gestantes, pois seu corpo sofre alterações físicas e fisiológicas para adaptar às necessidades do bebê que está se formando. 

Alterações no trato gastrointestinal e a produção de hormônios, como progesterona e estrógeno contribuem para a redução dos movimentos peristálticos (movimentos de contração que empurram o alimento por todo o sistema digestório), assim reduzindo o funcionamento do intestino. A constipação também é atribuída ao aumento de absorção de água entre a 12ª e 20ª semana de gestação, tornando as fezes mais endurecidas. 

Dor ao evacuar, sensação de evacuação incompleta, falso alarme, frequência de evacuação alterada e urgência ao evacuar são alguns dos sintomas e sinais relatados pelas gestantes. Situações que podem se estender pelo pós parto. 

Para reduzir estes sintomas e melhorar o funcionamento do intestino é recomendada a ingestão de fibras na alimentação. A Associação Dietética Americana recomenda o consumo de 28g/dia de fibras solúveis ou insolúveis. 

Segundo a pirâmide alimentar brasileira, o consumo de frutas deve ser de 3 porções, legumes e verduras de 3 porções, além de 6 porções de cereais (de preferência integrais) para que as necessidades de fibras, macro e micronutrientes seja alcançada. 

E lembrar sempre do consumo de água durante todo o dia para facilitar o trânsito intestinal.

Referências: 
Bradley CS,Kennedy CM, Turcea AM et al. Constipation in pregnancy: prevalence, symptons, and risk factors. Obstet Gynecol, 2007;110(6):1351-7.
Derbyshire EJ, Davies J, Detmar P. Changes in bowel function: pregnancy and the puerperium. Dig. Dis. Sci, 2007:52:324-328
PHILIPPI, S. T. (Org. ) . Pirâmide dos alimentos. Fundamentos básicos da nutrição. 2. ed. Barueri: Manole, 2014. v. 1. 383 p.

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